sexta-feira, janeiro 20, 2006

Open-Source

«As I'm sure you know, it's damn hard to make a modern movie for release in theaters without using free software [software livre]. They benefit from the work we do all the time. Modern special effects, which are what their remaining lousy little business depends upon, are impossible without us. Not withstanding that they are uniquely indebted to us for what they do, they still refuse to respect our users' rights.»

Ebem Moglen, conselheiro legal da Free Software Fondation (FSF), numa entrevista à News.com, comentando a aparente hipocrisia dos grandes estúdios de Hollywood, que editam os seus filmes em plataformas livres (Linux, suponho), mas no entanto tencionam dotar o produto final de DRM (restricções tecnológicas em conteúdos digitais, normalmente musica e filmes, que restringem o uso do dito, por exemplo só poder abrir uma vez ou num certo PC, não poder ser copiado, não poder ser gravado em CD, etc.). Como resposta a isto, a terceira versão da famosa licença GPL (também da autoria de Moglen, e sob a alçada da FSF) um dos EULA's (aquele texto que aparece durante instalação de um programa do qual toda a gente diz "I agree") mais usados no mundo do open-source, aparentemente vai proibir taxativamente - e em suma incompatibilizar - boa parte do software livre (todo o que optar ser governado pelo GPL) com os DRM's.

O que isto quer dizer é que ou os estúdios de Hollywood escolhem outros caminhos para a sua cruzada contra a pirataria, ou vão deixar, legalmente, de poder editar os seus filmes sobre plataformas livres.

A Free Software Fondation, originalmente o Che Guevara da informática é agora o centro das atenções de negócios de biliões de dolares, num claro sinal do poder do trabalho colaborativo e da computação paralela e um aviso do que está para vir. The Revolution Will Not Be Televised - The Revolution Will be Open-Source.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Ainda o Firefox

Acabo de aceder ao meu blog via Internet Explorer, e notei que o a lista de links aparece totalmente desajustada com o contexto (aparece em baixo!!) e mesmo a própria lista está desalinhada (com a paragrafação mal feita) quando vista com o IE.
Para esclarecer este equivoco aqui vão dois print-screens, um do FF e outro do IE. Aproveitem para notar:
  • A diferença no design
  • A previsão do tempo em Lisboa até Domingo
  • A caixa de pesquisa Google integrada
  • As duas janelas que eu tenho abertas em simultâneo no FF.
Sem mais, aqui vai o Internet Explorer que 85% das pessoas usa:



Como devia ser é:



Take back the web!

Europa:1 em cada 5 utilizadores usa Firefox

De acordo com um estudo de uma empresa de Estudos de Mercado e Consultoria francesa, especializada no mercado da Internet, o Firefox já passou a barreira dos 20% na Europa, chegando aos 38.4% na Finlândia.



Mais detalhes sobre o estudo aqui. Download do Firefox aqui.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Sistemas de poupança de energia e a natureza Humana

Durante muitos anos a sociedade olhou para a comunidade técnica e científica em busca de alternativas para combater a escassez de recursos energéticos. Durante muito anos, as "alternativas" eram uma ou outra forma de racionalismo ou até abstinencia. A opção "verde" era, para todos os efeitos um statement, um manifesto, uma farpa no sistema, mas nunca uma opção real e racional que de facto beneficiasse o consumidor. São exemplos destas alternativas o papel reciclado, a energia solar, o Toyota Prius, o frigorifico sem CFC's etc: mais limpas mais mais caras.
Com este artigo pretendo mostrar que hoje em dia o maior obstáculo à penetração destas tecnologias não é o seu custo - que já baixou - mas, inevitavelmente, a natureza Humana.

Uma lampada de alta duração gasta 20W, mas emite (em luz) o equivalemtente a uma lâmpada de 100W. Os restantes 80W são perdas em calor. Quanto custam por ano estes 80W? Antes de mais, quanto custa a electricidade? A EDP responde:
Para clientes com potência contratada igual ou inferior a 20,7 kVA, o preço do kWh é de €0,0988 para a tarifa social, tarifa simples e para a tarifa bi-horária fora das horas de vazio.
O que isto quer dizer é que 1000W durante 1h custam €0.0988 para a maioria dos clientes domésticos, o que à primeira vista não parece muito.
Neste contexto, quanto custaria então 80W, 6h por dia, todos os dias do ano? Vamos ver:

0.08kW x 6h x 365dias x 0.0988€ = 17.3€

É pertinente lembrar aqui que as lampadas de baixo consumo são também de alta duração, com uma duração anunciada de 5 anos, portanto:

5x17.3=86.5€.

Se somarmos o preço das lâmpadas normais que se fundem ao longo deste periodo de 5 anos, admitindo uma duração média de 3 meses por lâmpada e no valor de 0.70€ cada, podemos concluir que cada lâmpada de alta duração poupa cerca de 100€ ao longo da sua vida útil. Deixem-me ser claro: quem comprar uma lâmpada de baixo consumo está de facto a ser pago para as utilizar!
Agora põe-se a questão fatal: Se é assim tão clara a poupança, porquê a baixa penetração deste tipo de alternativas?
No nosso caso específico, há quem diga que as lampadas de nova geração têm uma luz desagradável. As primeiras lampadas da nova geração tinham de facto uma luz branca, (e não amarela, como estamos habituados), o que limitava as suas aplicações domésticas: o quarto, a sala ficavam a parecer uma morgue. Hoje em dia já há lampadas de baixo consumo de cor amarela, mais simpática, mas o mito persiste.

Mas a maior dificuldade de todas é o diferencial de preço: uma lampada deste tipo custa 13€, e uma lâmpada normal custa 70 centimos. Embora se possa provar por A+B que este valor não é um custo, é um investimento, as pessoas ainda não estão preparadas para pagar 13€ por uma lâmpada - nem por elas próprias, quanto mais pelo ambiente.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

"Tem calma Chico, que o puto tem razão!"

Até que ponto compensa ir mais rápido quando se tem pressa, numa viagem de carro? A diferença de tempo global é dada, em função da distancia a percorrer e das velocidades dos dois carros por:



O que ná prática retorna algumas surpresas, senão vejamos:
O Abel e a Beatrix estão a fazer uma viagem de Lisboa até Óbidos (80km). O Abel, que tem pressa, desloca-se na auto-estrada com uma velocidade de 150km/h, e a Beatrix, que não tem entre 120 e 600€ para gastar, fica a 120km/h. Quanto tempo ganha o Abel?

R.:Δt=30
x80/(120x150)=0.133333, ou seja 8 minutos.