Size matters

Há pouco tempo enquanto fazia zapping pelas rádios ouvi na Antena 2 uma entrevista com um Sr. Professor cujo nome não consegui apanhar a tempo. Pelo contexto da entrevista pareceu-me um astrofísico, ou pelo menos alguém letrado no assunto, pois era esse o tema de conversa. Eu só apanhei mesmo o fim, nomeadamente as duas ultimas perguntas. O locutor terá deixado a pergunta mais "interessante" (leia-se pop) para o fim. A pergunta era, claro, sobre a vida extraterrestre. Transcrevo de memoria a pergunta e a resposta.

Locutor: Então e Sr. Professor, para acabar: Acredita em vida extraterrestre?
Sr. Professor: Sabe, eu acho que não é uma questão de acreditar, com um Universo tão grande e tão vasto como o nosso, acho que é certo que existe. Muito diferente é, na realidade, se eles alguma vez nos visitaram, e eu vou-lhe explicar porquê. Voltando aquela minha metáfora do telefonema, imagine que tenho um amigo do outro lado da Galáxia. Não estou a dizer do outro lado do Universo, nem sequer noutra Galáxia, estou a dizer aqui mesmo na Via Láctea. Ora, eu vou-lhe telefonar e o meu telefonema vai viajar à velocidade da luz. Pois bem, eu vou levantar o telefone e dizer "estou?" e ele só vai ouvir isso cento e cinquenta mil anos depois. Está a ver o problema?